Sincep lista 70 decisões burocráticas a serem tomadas após morte de um familiar

‘As pessoas imaginam que se você contrata um funeral você contrata um serviço único com pagamento único e não é assim’, diz Gisela Adissi, presidente da entidade nacional.

 

Após morte, familiares precisam tomar cerca de 70 decisões para concluir velório, sepultamento e luto pelo falecimento — Foto: Divulgação/Sincep

Após morte, familiares precisam tomar cerca de 70 decisões para concluir velório, sepultamento e luto pelo falecimento — Foto: Divulgação/Sincep

Após a morte de um ente querido a família precisa tomar ccerca de 70 decisões burocráticas e aparentemente simples, que vão desde o simples comunicado da morte até a homenagem póstuma. Essa lista de medidas quase que imediatas e necessárias foi elaborada pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep).

“São tarefas e decisões, são caminhos. Tem uma coisa da experiência, são pedaços de serviços que a gente tende a entender que são contínuos. As pessoas imaginam que, se você contrata um funeral, você contrata um serviço único com pagamento único, e não é assim. Muitas vezes a família se divide nessas etapas. São decisões diferentes em núcleos diferentes”, disse Gisella Adissi, presidente do Sincep e dona de cemitério.

Segundo ela, essa lista gera um conjunto de decisões que não podem ser esquecidas pela família. “É curioso porque a lista tem de ser detalhada mesmo, porque tudo isso precisa ser perguntado para a família, com minúcia para chegar na maior identidade possível com o morto.”

Gisela disse que todo processo de funeral – ritual, cerimônia e despedida – traz muitos valores sociais, em que o parente da vítima se sente acolhido amigos e familiares.

“Quando se fecha o caixão vem a concretude, vem a participação da família. Isso é uma coisa que vem mudando com o tempo. Historicamente a gente foi se afastando do ritual de morte e a família foi perdendo essa participação.”

Atualmente, esse cenário de afastamento vem sofrendo mudanças.

“Hoje existe uma onda contrária, funerárias no mundo, especialmente nos Estados Unidos, apresentam uma maior participação não só nas escolhas a serem feitas da personalização, como dar banho ao corpo, vestir o morto, isso traz valor e uma concretude, familiariza. Esse aspecto de tocar o corpo é difícil, participar do processo de preparação, isso humaniza. O fato das decisões, dos pagamentos, isso também dá uma participação.”

 

Veja abaixo a lista de decisões com a morte:

Dar a notícia do falecimento

1 – Como avisar os familiares sobre a perda?

Cuidar das burocracias do hospital

2 – Que trâmites devo fazer no hospital?

3 – Que trâmites devo fazer no IML?

4 – O falecido era doador de órgãos?

Fazer o certificado de óbito

5 – Que médico para o atestado de óbito?

6 – Verificar onde estão os documentos do falecido

7 – Definir qual familiar vai ao cartório

Contratar o funeral

8 – Qual funerária fará o serviço?

9 – Como trasladar o ente querido à funerária?

10 – Em que tipo de veículo será o traslado (carro funerário, ambulância)?

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Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/11/02/sindicato-de-cemiterios-e-crematorios-lista-70-decisoes-burocraticas-a-serem-tomadas-apos-morte-de-um-familiar.ghtml