Mercado de crematórios é nicho crescente no ABC Paulista

Tendência em países como Estados Unidos, Espanha e Itália, onde até 60% dos falecidos são cremados, a técnica funerária é crescente no Grande ABC. Exemplo é a Ossel, que investiu R$ 1 milhão em cerimonial de cremação, em São Caetano. Ao mesmo tempo, no Jardim da Colina, em São Bernardo, primeiro estabelecimento a oferecer a modalidade na região, o número mensal de procedimentos quase triplicou desde a inauguração, em 2014, passando de 30 para 80.

“A cremação vem aumentando muito, principalmente entre os mais jovens, pois esse público vai, cada vez menos, visitar sepulturas de entes queridos”, explicou Eduardo Barros, diretor comercial da Ossel. “Hoje, no País, 12% dos corpos são cremados, mas, há dez anos, eram apenas 3% e esse crescimento é muito significativo”, disse. “Em dois ou três anos, podemos chegar a 25%.”

Na avaliação de Barros, outro fator que justifica a ascensão do método é a falta de espaço para abertura de novos cemitérios. Na região, por exemplo, não há terrenos disponíveis para construção de necrópole “do zero”. “Atualmente, os municípios não aceitam sepultar falecidos de outras cidades justamente para evitar a superlotação.”

Para Durval Tobias, gerente de negócios do Jardim da Colina, a região possuía demanda reprimida por crematórios e, por esse motivo, a procura superou as expectativas. No local, onde há um forno, é possível realizar uma cremação a cada duas horas, em média. “O nosso espaço permite instalação de outro forno, caso o fizéssemos, com certeza teríamos demanda”, afirmou, sem revelar projeção de quando a implementação será feita.

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Fonte: https://www.dgabc.com.br/Noticia/2980758/mercado-de-crematorios-e-nicho-crescente-nas-sete-cidades